Capitulo 2 - New Friends *-------------*

Olhei lentamente para o lado focando o meu olhar mais psicótico no armário com olhos verdes e tatuagens, sentado ao meu lado com o braço ao redor dos meus ombros.

- Tira a mão. – Falei lenta e ameaçadoramente sacudindo os ombros.

Uma das minhas manias era de odiar contatos físicos, apelidos carinhosos e coisas dessa natureza.

- Uuuh, calminha aí garota. – O armário falou sarcástico e depois se dirigiu ao Jimmy. – Quem é ela Rev?

- Quem é Rev? – Perguntei atordoada.

-Eu! É um dos meus apelidos. – Olhou para o armário ao meu lado. – E Matt, essa é a Kimberly. É novata, mais isso você já deve ter percebido. – Falou gesticulando com as mãos.

O tal de Matt assentiu e estendeu a mão em minha direção.

-Eaí! – Fiquei olhando pra mão dele desconfiada. – Vai me deixar no vácuo?

-Oi – Falei pegando na sua mão. E depois a soltando rapidamente e me virando em direção ao quadro.

Notei pelo canto do olho que Matt iria falar mais alguma coisa, mas o professor entrou na sala e ele preferiu ficar calado. Já eu preferi prestar atenção na aula, não porque fosse realmente interessante, mas porque eu tinha mais nada para fazer. Eu estava sentada no canto, no fundo da sala, ao meu lado estava o Jimmy (ou Rev como passarei a chama-lo), atrás de mim estava Matt.

Cinco minutos depois de prestar atenção cansei da aula e deitei a cabeça na mesa com a intenção de dormir novamente, mas minhas tentativas foram interrompidas com uma bolinha de papel vinda provavelmente do inferno, que acertou minha cabeça. Fiquei ereta e olhei para todos ao meu redor que aparentemente estavam prestando atenção na aula. Quando meus olhos recaem sobre o Rev ele revira os olhos e aponta pra bolinha. Mando-lhe um discreto dedo do meio, pego a bolinha, a desenrolo e leio.

“Não pode dormir na aula”

Revirei os olhos, joguei a bolinha no lixo e deitei a cabeça na mesa de novo. Decidida a ignorar o Rev. Mas novamente ele me acerta com outra bolinha de papel. Eu o abro e leio o que está escrito (AVÁ):

“Não me ignore moçinha”

Com essa eu tive que rir e responde-lo:

“Ta bem papai. Cara quando é o intervalo eim? To com fome.”

Mandei a bolinha de volta e depois de alguns segundos a recebi.

“9:30”

Olhei as horas em um relógio de parede que havia na entrada e constatei que ainda faltavam 30 minutos para sair daquela sala de aula monótona. Mandei mais um bilhete para o Rev pedindo que ele não me incomodasse e dessa vez ele entendeu recado. Estava prestes a cair no sono quando alguém começa a me cutucar, fico ereta e olho pra trás, vejo o Matt sorrindo baixinho.

- Para cara! – Reclamei e abaixei a cabeça novamente. Mas ele continuou a me cutucar e eu já estressada com a situação, tive uma reação um tanto quanto inesperada.

- PARA CARALHO! - Gritei atraindo a atenção de todos na sala de aula pra mim. Matt e Rev só sabiam sorrir feito duas hienas. Já o professor ficou parado olhando em minha direção com cara de descontentamento.

- Saia já dessa classe senhorita! – Finalmente o professor disse algo.

Me levantei, peguei minha mochila e sai da sala. Fui em direção ao jardim da escola, quando lá cheguei, sentei debaixo de uma palmeira, que por sinal é o que não falta nessa cidade, coloquei os fones de ouvido e comecei a ouvir This Is The New Shit do Manson. Fechei meus olhos e me encostei na palmeira, apenas apreciando a musica. Quando alguém toca meu ombro. Caralho, será hoje é o dia que todos tiraram pra me encher?!

- Quem é você – Perguntei olhando um garoto com uma camisa do Metallica, cabelo todo espetado tipo Sonic e lindos olhos castanhos. Oh sim, ele era lindo. MAIS QUE PORRA EU TÔ PENSANDO?!

- Eai, meu nome é Brian... Mais pode me chamar de Synyster ou Syn, tanto faz. – Riu e estendeu a mão. Decidi ser simpática.

- Eai Syn – Peguei na sua mão. – Você quer alguma coisa? – Talvez não tão simpática.

- É que eu vi você passando com meus amigos então vim falar com você também. – Riu e sentou-se ao meu lado.

- Você é amigo do Rev? – Perguntei e ele assentiu – E a propósito meu nome é Kimberly – Sorri e ele sorriu também.

- Você é daqui Kim? – Merda. Esse apelido gay de novo?! Calma Kimberly. Ignore.

- Não. Brasil. – Respondi.

- Nossa. Me disseram que lá é maravilhoso. Mulheres bonitas. – Ele disse com os olhos brilhando de uma forma muito gay.

- Oh , não se engane. É claro que o Brasil é lindo. Muitas belezas naturais e tudo, mais aos poucos as pessoas tem estragado sabe? – Ele assentiu – E nossas musicas então... O que antes era Legião Urbana, Cazuza, Barão Vermelho e outras bandas boas tornou-se funk. E não se engane, o funk não é  mesmo daqui.

- Mais ainda tem Matanza, Sepultura, Angra e outras bandas legais. – Ele respondeu.

- É. Ainda tem coisas que se salvam.

- Sabe, eu irei fazer um show lá um dia. Eu e minha banda. – Ele disse com um ar sonhador.

- Você tem uma banda? Toca que instrumento? Quem são os integrantes? Posso ver um ensaio? – Perguntei empolgada e ele riu.

- Tenho sim. Eu toco guitarra. Os integrantes são o Matt , o Rev , o Zacky e o Johnny.

- E quanto ao ensaio, posso ir? – Perguntei segurando pulso dele.

- Claro Kim . – Ele respondeu rindo ainda mais.

- Não me chama de Kim cara ! É ultra gay ! – Reclamei

- Me obrigue a parar de te chamar – Ele respondeu cínico.

Aquilo bastou, comecei a tentar dar um mata-leão nele , só que estava se esquivando muito bem. Então passei a dar tapas no seu braço. E ele só sabia rir

- O que porra ta acontecendo aqui? – Olhei para cima e vi que Jimmy estava com uma careta fingida de susto e comecei a gargalhar.

- Você sorri? – Ele falou fingindo surpresa – E o que você ta fazendo com o Brian aqui?

- Claro que sorrio. E ele é meu novo amigo!  - Falei passando o braço ao redor do pescoço do Syn.

- O que você pensa que ta fazendo garota? – Falou uma voz anasalada vinda de trás de mim. 

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- Capitulo curtinho e cheio de dialogos =c Mas espero que gostem mesmo assim C:

Alichelle : Valeu dear *----------* continuei .

Ingrid Karu :Ta ai o capitulo ! haheuheuhe'

Rafa Sullivan : Thanks Baby , continuei ! E segui lá seu blog, fic perfeita a sua *---------------*